sábado, 22 de setembro de 2018

É urgente conter o desmatamento

O País tem a comemorar a redução no índice de desmatamento na Amazônia, um dos biomas mais sensíveis à ação humana. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) mostram queda de 75% no desmatamento anual registrado na Amazônia Legal entre 2004 e 2017. Só para lembrar, a Amazônia Legal é composta por nove Estados: Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. 
A redução no desmatamento, porém, aconteceu de forma desigual entre esses estados, com alguns mostrando desempenhos melhores que outros. Importante destacar que a maior parte da Amazônia Legal é ocupada pelo Amazonas, exatamente o Estado que apresentou o menor avanço na contenção do desmatamento. Enquanto Mato Grosso conseguiu reduzir o desmatamento anual em 85%, e o Tocantins, em 80%, no Amazonas o desmatamento caiu tímidos 19% no mesmo intervalo de tempo. De qualquer forma, houve um avanço e isso é positivo, mas o fraco resultado frente aos demais estados deve servir de alerta para avaliações criteriosas da situação e desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes para a preservação da floresta.   
Cabe ressaltar que a maior parte ainda preservada da Floresta Amazônica está no Estado do Amazonas, o que amplia nossas responsabilidades no que diz respeito a ações para que o bioma continue preservado. Em tempos de disputa eleitoral, cabe avaliar as propostas dos candidatos em relação à Amazônia. O que pretendem fazer para promover o desenvolvimento econômico e social em paralelo à preservação ambiental? Esse é um tema que precisa ser bem trabalhado nos debates, por ser de interesse geral, não apenas para os amazonenses, mas para todo o planeta. Isso porque o Brasil possui a maior biodiversidade de árvores do mundo, e a maior parte está na Amazônia.  
Desnecessário ressaltar que as florestas são a base para a preservação da biodiversidade, mantendo o equilíbrio dos ecossistemas, além de serem fundamentais para os rios,  para a manutenção do abastecimento de água doce e para e equilíbrio climático. O combate ao desmatamento precisa ser tratado como prioridade pelos governos, que precisam desenvolver estratégias adequadas. O futuro de todos depende disso.

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