quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Rodovias em péssimo estado no AM

Show rodovias alterar 44e6466f 32d2 4a36 8aaa 42d8f5e97134Não é nenhuma surpresa que o Amazonas tenha a pior malha rodoviária do País em termos de condições de trafegabilidade. A situação foi escancarada por pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada ontem. Nada menos que 99,1% das rodovias do Estado são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Ou seja, nenhuma das rodovias inspecionadas foi classificada sequer como “boa”. A CNT avaliou a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, a BR-174, que faz ligação com presidente Figueiredo e Boa Vista (RR), a BR-319 que interliga Manaus a Porto Velho (RO), a BR-230, conhecida como Transamazônica, e a BR-317, que liga Rio Branco, no Acre, à Boca do Acre, no Sul do Estado. Nem seria preciso uma análise profunda, quem precisa trafegar por essas vias sabe que estão em condições muito longe do ideal. 
A pior, na avaliação da CNT, não poderia ser outra. A BR-319 foi classificada como péssima nos trechos verificados. Eterna bandeira de campanha em tempos eleitorais, a rodovia segue sem qualquer perspectiva de recuperação no chamado “trecho do meio” (do quilômetro 250 ao 655,7), onde a situação é mais crítica.  
Algumas iniciativas vem sendo tomadas. A AM-010, por exemplo, vem passando por processo de recuperação corretiva em toda sua extensão de modo que - quando quando for concluído algum dia - certamente causará uma melhor impressão na CNT. Já no caso da BR-319, resta esperar pelo cumprimento das promessas feitas pelos deputados e senadores eleitos no último dia 7 de outubro. O mesmo vale para o próximo presidente.
Vale lembrar que, só os problemas no pavimento geram aumento médio de 26,7% no custo operacional do transporte. Isso sem falar no risco de acidentes. 
O Brasil precisa deixar para trás a velha prática de construir rodovias e deixá-las por longos períodos sem qualquer manutenção. Foi isso que ocorreu na BR-319. Desde o fim da década de 1980, a rodovia não recebe camada asfáltica em sua parte central. É preciso encontrar uma fórmula que interrompa essa inércia. Fala-se em concessão ao setor privado, em deixar a manutenção a cargo dos Estados, nos trechos em seus territórios. O importante é mudar. Não adianta fazer a recuperação agora e abandonar a estrada por mais 30 anos.

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