Um recurso movido pelo senador Omar Aziz segura no STF a investigação que o envolve na Operação Maus Caminhos, iniciada ainda em 2016. Em agosto deste ano, o Supremo determinou a remessa dos autos para a Justiça Federal no Amazonas. A defesa de Omar recorreu. Uma nova decisão sobre o caso segue pendente. A demora nos trâmites do STF foi um dos fatores que levaram a Operação Cashback a ser deflagrada apenas agora. Ela só ocorreu depois que a Corte mandou “baixar” a investigação contra Sabino Castelo Branco.
Lentidão No caso de Sabino Castelo Branco, o inquérito de número 4523 tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 5 de julho de 2017. Exatamente um ano depois, o Supremo remeteu os autos à 4ª Vara Federal do Amazonas.
Celeridade Só foi chegar de volta à 1ª instância, a quarta fase da Operação Maus Caminhos passou a ser tocada a todo vapor, afinal, os investigadores da Polícia Federal já tinham as informações-chaves do inquérito há um ano e meio.
Pré-eleição A representação feita pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros à 4ª Vara Federal do Amazonas, para agir na Operação Cashback, foi feita no último dia 17 de agosto. A justiça deu aval para a ação há alguns dias.
Atraso A investigação contra o senador Omar Aziz, entretanto, já perdura muito mais tempo no STF, por meio do inquérito de número 4358, que tramita em segredo de justiça. A apuração foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli no dia 16 de dezembro de 2016. Daqui a pouquinho completa dois anos.
Mudança “Nosso eleitor está envergonhado de alguns representantes que tem. Ele quis mudar. Quer mudar. Então, eu fui nesse embalo. A gente percebeu”. Do vereador Plínio Valério, do PSDB, eleito senador mais votado na última eleição. Ele completa. “Mas você não pode ser eleito pelo fato de que se quer mudar. Você tem que ter algum conteúdo”.
Bênção Plínio Valério concedeu entrevista à página do Portal A Crítica no Facebook e atribuiu sua eleição e uma “generosidade de Deus”. Na entrevista, o vereador também criticou o partido do qual faz parte. “O PSDB é um partido inseguro, que fica em cima do muro. Ou ele se reinventa agora, ou vai sucumbir, vai virar nanico”.
Preocupação O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, tanto está incomodado com manifestações de magistrados em rede social a respeito da Eleição 2018 que encaminhou um ofício circular a todos os Tribunais de Justiça do País, ontem, em que “solicita especial atenção quanto à adoção de medidas necessárias à preservação da imagem de imparcialidade da magistratura nacional”.
Língua solta 1 A inquietação do Corregedor Nacional de Justiça tem todo fundamento, já que, especialmente no Facebook, há magistrados metralhando candidatos. A juíza Kenarik Boujikian, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), virou alvo de processo no CNJ por causa disso.
Língua solta 2 Outros cinco juízes terão que dar explicações ao CNJ, dentro de 15 dias, por manifestações públicas vedadas a magistrados. Entre eles o juiz da Lava Jato, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
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