quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Eleitores e candidatos

Está em curso a jornada de visitas dos candidatos ao governo estadual aos municípios amazonenses e, com ela, pelo menos duas indicações são colocadas. Uma, como  oportunidade renovada de os candidatos perceberem as populações, as condições em que vivem, as realidades de cada um dos demais 61 municípios e façam dessas visitas momentos de anotações que possam a vir servir para propor uma política decente e de alcance real dessas pessoas; outra, a que ocorre somente como busca cega de votos, em meio a formulações de propostas mirabolantes das atitudes eleitoreiras dentro de uma estratégia de enganar a boa fé de moradores e de eleitores.
Como trupe barulhenta, candidatos chegam a esses municípios renovando promessas e, assim, reproduzem o mecanismo mais comum que rege a campanha eleitoral, ataques e defesas. Aos eleitores e à população em geral está a tarefa de ouvir e de reunir informações sobre os candidatos que se apresentam. Permanecem válidas as atitudes de querer saber quem fala, para quem fala e do que fala. Com os candidatos ao governo do Estado, seguem os escolhidos do grupo para serem igualmente apresentados aos demais cargos em disputa nas eleições de abril (candidatos a deputado estadual, federal e senador), que sejam avaliados pelos eleitores, quantos mandatos tiveram e o que fizeram com esses mandatos, em quais propostas votaram e se essas propostas interessam aos que vivem no interior do Amazonas ou se beneficiam mais grupos interessados em fazer negócios com os bens do Estado.
Eleições são um jogo, quanto mais curiosos sobre os candidatos estiverem os integrantes de uma equipe, os eleitores, mais chance de vitória esse time terá. Ter candidatos que irão oferecer outro comportamento, comprometendo-se mais com as questões populares, com as áreas mais precárias do Estado, dispostos a promover debates esclarecedores e a sair dos pactos entre grupos que têm representado políticas atrasadas de governo. Por vezes e também por um determinado discurso de formação de uma ideia – a de que a política é coisa de gente desonesta – o eleitorado se sente cansado e incrédulo.  Neste jogo que, apesar de todos os tropeços, funciona quando a democracia existe, o eleitor tem a bola e o chute de gol e, com eles, revela que tipo de sociedade quer e que tipo de governo e parlamento deseja ter.

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