sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Eleições 2018: Após facada, Bolsonaro fala em vídeo; candidato é transferido para São Paulo

Em sua primeira declaração após ataque sofrido nesta quinta (6), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) comparou o momento com uma bolada em um jogo de futebol.
"A dor era insuportável. E parecia que tinha algo mais grave acontecendo", disse ele, do leito do hospital em Juiz de Fora (MG) no qual foi submetido a uma cirurgia poucas horas antes.
De acordo com médico que participou da cirurgia em Bolsonaro, o estado de saúde do capitão reformado ainda inspira cuidados, mas as chances de recuperação são boas.
O candidato foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, na manhã desta sexta (7).
  • 14h387.set
    Polícia Federal apreende celulares e notebook de agressor de Bolsonaro, diz líder do PSL na Câmara
    O líder do PSL na Câmara, deputado Fernando Francischini, afirmou na tarde desta sexta-feira (7) que a Polícia Federal apreendeu quatro celulares e um notebook do homem que deu uma facada no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na última quinta-feira (6) em Juiz de Fora (MG).
    Francischini é delegado da Polícia Federal licenciado e tem divulgado na cidade informações sobre o caso à imprensa diante do silêncio da polícia sobre o caso.
    De acordo com o deputado, Adelio Bispo de Oliveira, 40, tinha dois celulares no momento em que foi preso, logo após a facada.
    No quarto de pensão onde o homem estava hospedado havia duas semanas, no centro de Juiz de Fora, teriam sido encontrados outros dois celulares e um notebook que serão periciados, ainda segundo o deputado.
    Por meio das redes sociais do agressor é possível identificar que o homem esteve no último ano em cidades como Uberaba, Montes Claros e Montes Clarinhos, em Minas, além de ter visitado o estado de Santa Catarina.
    A PF irá cruzar os dados das viagens de Bispo com os da agenda de campanha de Bolsonaro para entender se o agressor estaria seguindo os passos do presidenciável.
    O deputado, que tem bom trânsito junto os agentes que atuam no caso, disse que solicitou via MPF (Ministério Público Federal) e Justiça que o agressor seja enviado a um presídio federal e posto em isolamento. O temor é que ocorra algum atentado contra a vida do homem, atualmente preso em uma cadeia comum de Juiz de Fora, antes que a motivação seja esclarecida.
    Francischini afirmou que é preciso esclarecer se o homem agiu sozinho ou se tinha comparsas. Agentes da Polícia Federal em Brasília e Belo Horizonte estão trabalhando nas investigações do caso.
    Bispo será submetido a uma audiência de custódia nesta sexta, às 16h, na Justiça Federal da cidade. Há a expectativa de que a juíza de plantão aprecie os pedidos citados pelo deputado.
    Uma manifestação de apoio ao político foi convocada para a porta do prédio em Juiz de Fora.
    "Estou acompanhando a investigação para apurar se houve instigaçao, auxílio, apoio ou mandante desse crime", disse. (Lucas Vettorazzo)
  • 14h307.set
    Bolsonaro está consciente e em boas condições clínicas, informa boletim médico
    O Hospital Albert Einstein divulgou, em boletim médico, às 14h20, que Jair Bolsonaro "está consciente e em boas condições clínicas" e sendo avaliado por uma equipe multidisciplinar.
    Segundo o texto, o candidato, que foi ferido com uma faca no abdômen durante evento de campanha em Juiz de Fora, "está internado na UTI, onde realizou exames laboratoriais e de imagem e foi avaliado por equipe multiprofissional". O tratamento iniciado em Juiz de Fora está sendo continuado, segundo o boletim.
    O próximo boletim sairá às 10h de sábado (8).
    Assina o boletim o médico Miguel Cendoroglo, diretor superintendente e responsável pelo hospital neste plantão.
    A equipe médica responsável por Bolsonaro é formada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, especialista no aparelho digestivo que foi até Juiz de Fora avaliar a situação do candidato e tem estado desde então mais próximo à família, e o clínico e cardiologista Leandro Santini Echenique.(Isabel Fleck)
  • 14h117.set
    Cabo Daciolo diz que faz novo jejum em desagravo à nação e a Bolsonaro
    O presidenciável Cabo Daciolo (Patriota) decidiu entrar em novo jejum, prática comum entre aqueles que, como ele, praticam a fé evangélica. Será um desagravo à "nação e a Jair Bolsonaro", disse o candidato nesta sexta (7), por meio de uma nota enviada por sua esposa, Cristiane.
    Embora diga que jejuará por Bolsonaro, também informa que o período de privação -quando ficará isolado no Monte das Oliveiras, no Rio, sem dar entrevistas nem comparecer a debates- começou na quarta (5), um dia antes do atentado contra o adversário do PSL.
    "Tomamos a iniciativa de entrar num propósito de oração e jejum durante 21 dias iniciado no dia 5 de setembro, por entender que só DEUS pode dar VITÓRIA para a NAÇÃO BRASILEIRA. Creio com toda a segurança que nossa batalha se trava no mundo espiritual e exige de nós postura aguerrida contra todos os dardos inflamados do inimigo", diz o comunicado.
    "Nesse período estarei nos montes, em razão da natureza singular da causa. Agradeço a compreensão da imprensa e voltaremos a conceder entrevistas e entrar nos debates a partir do término dos 21 dias de jejum e oração pela nossa NAÇÃO e por Jair Bolsonaro, a quem desejo pronta recuperação, lembrando mais uma vez que a nossa luta não é contra pessoas, mas contra potestades." (Anna Virginia Balloussier)
  • 14h107.set
    'Estou bem e me recuperando', diz Bolsonaro em mensagem
    Uma breve mensagem do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) informando que ele está bem foi compartilhada no Twitter nesta sexta-feira (7).
    "Estou bem e me recuperando", diz o texto, que em 16 minutos foi replicado 3 mil vezes por seus seguidores, que enviaram recados de apoio ao parlamentar.
    Na sequência, Bolsonaro continua a mensagem de agradecimento a Deus, sua família, à equipe médica e todos que oraram por ele.
    "Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na terra, e a todos pelo apoio e orações!", afirmou.
    O último post na rede social de Bolsonaro havia sido feito horas antes de ele ser esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante uma atividade de campanha. Após o ataque, os filhos do deputado, Carlos, Eduardo e Flávio, usaram suas páginas para informar aos apoiadores do candidato o estado de saúde do parlamentar.
  • 14h057.set
    Atendimento a Bolsonaro opõe hospitais de ponta de São Paulo
    O atendimento ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), esfaqueado em Juiz de Fora na tarde de quinta (6), opôs os dois principais hospitais do país, ambos em São Paulo. Desta vez, o Sírio-Libanês, conhecido como "hospital dos poderosos", perdeu a disputa para o rival Albert Einstein.
    Bolsonaro foi atendido na Santa Casa da cidade mineira, bem equipada, mas cuja posição periférica fez apoiadores e familiares do presidenciável pedirem avaliações externas do grave quadro de saúde.
    Enquanto discutiam o que fazer, o cardiologista Roberto Kalil, maior estrela do Sírio, enviou uma equipe de médicos chefiada por Ludhmila Hajjar, que coordena a Unidade de Terapia Intensiva do hospital paulistano. (Igor Gielow)
  • 14h057.set
    Bruno Covas diz que é cedo para falar sobre influência de ataque a Bolsonaro sobre eleitores
    O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse ser ainda muito cedo para dizer se a facada sofrida pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) terá influência positiva ou negativa sobre os eleitores. Coordenador da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), ele tem mais cautela que o também tucano João Doria (PSDB), que disse que o ocorrido já colocou Bolsonaro no segundo turno.
    "Acho que ainda é muito cedo. Não sei o quanto a população vai decidir se vota ou não [em Bolsonaro] por causa do atentado", disse Covas após o desfile militar de 7 de setembro, no Anhembi.
    Sobre a possibilidade de mudar o enfoque atual da campanha, centrado em incisivos ataques a Bolsonaro, o prefeito indicou que não prevê mudanças radicais.
    "O eleitor não é de ninguém ainda. Ele só vai decidir em quem votar em 7 de outubro. Estamos atrás de todos os eleitores, mostrando aquilo que Alckmin e o PSDB fizeram por São Paulo e pelo Brasil, o que vamos fazer se ele for eleito e as inconsistências que apontamos nas outras candidaturas. É assim que vamos fazer campanha." (Guilherme Seto)
  • 14h037.set
    Flávio Bolsonaro diz que pai não deve voltar a fazer campanha nas ruas
    Filho do presidenciável Jair Bolsonaro, 63, Flávio Bolsonaro, 37, afirmou, em um vídeo ao vivo veiculado no Facebook, que o pai não deve voltar a fazer campanha nas ruas. "Ele está numa situação delicada e com dificuldade de falar. [...] Mas podem ter certeza de uma coisa: ele está lá se recuperando, provavelmente não consegue mais ir para as ruas nessa campanha. Ele não pode ir às ruas, mas nós podemos", disse.
    O candidato à Presidência do PSL foi atacado com uma faca em Juiz de Fora (MG), onde foi submetido a uma cirurgia na Santa Casa da cidade. Nesta sexta (7), um dia após o ocorrido, Bolsonaro foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
    No vídeo, Flávio, que é candidato a senador, agradeceu aos médicos e às pessoas que manifestaram carinho, e negou que o pai seja "intolerante", como, segundo disse, ele está sendo acusado nas redes sociais. "A gente nunca agiu de violência com ninguém, sempre discutimos no campo das ideias e sempre fomos muito respeitosos", afirmou.
    Flávio também criticou a imprensa, que, segundo ele, tem responsabilidade no atentado contra seu pai. "Não adianta, ele não é esse monstro que vocês querem passar para a população. Vocês podem ter motivado o cara a dar uma facada nele. Vai que ele acredita que o Bolsonaro é todo esse monstro que vocês falam que ele é e que acusam ele o tempo inteiro. [...] Vocês da grande mídia têm responsabilidade também."
    Exaltado, Flávio citou a Folha. "Eu fico imaginando como que é a Redação da Folha de S.Paulo, por exemplo. Aquele bando de incompetente querendo ver quem 'lacra' primeiro em cima do Bolsonaro. Que papel ridículo que vocês fazem. Vocês envergonham a imprensa brasileira. Parem de distorcer os fatos, divulguem a verdade. Querem criticar, critiquem, mas critiquem em cima de algo que realmente aconteceu."
    Após cerca de 16 minutos, Flávio encerrou o vídeo chorando. Ele pediu desculpas "pelo desabafo" e afirmou que queria apenas agradecer. (Sarah Mota Resende)

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