Aproximadamente 150 moradores do bairro Tancredo Neves, na Zona Leste de Manaus, resolveram bloquear um dos sentidos da avenida Grande Circular com pedaços de madeira incendiados na noite desta segunda-feira (11), por estarem sem energia há mais de sete dias.
As ruas Nova Esperança, Natal e das Flores são as mais afetadas da área. A dona de casa Eduarda Martins informou que a fiação de energia elétrica ficou caída em cima do portão da casa desde o temporal do último domingo (10), tornando o acesso à casa perigoso.
"Eu não consigo nem entrar em casa, tenho medo de levar um choque de alta tensão e já liguei diversas vezes para a Amazonas Energia e ninguém veio aqui resolver meu problema", conta, em tom de desespero. O microempresário Wallace da Paz Lopes, 38, disse que quando as equipes da empresa responsável pelo abastecimento de energia na cidade vão até o local, fazem o religamento e em seguida a energia vai embora novamente.
"Queremos que a empresa preste um serviço decente e solucione o nosso problema, já tivemos muitos alimentos estragando", destacou.
Já a extrusora Iracema Freitas, 33, comenta que na casa dela por conta da alternância na energia perdeu alguns eletrodomésticos. "A minha televisão queimou por conta das idas e vindas de energia. Ela vem, passa uns 20 minutos e vai embora", salientou.
Concessionária
A Eletrobras Amazonas Energia informou que vai encaminhar uma equipe ao local para verificar a situação e acrescentou que é pouco provável que as pessoas que são clientes da empresa fiquem tanto tempo sem abastecimento, dizendo que essa situação é mais comum onde existem ligação clandestina. O trânsito na avenida ficou interditado no sentido Centro-bairro. Agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) estiveram no local orientando condutores na tentativa de dar fluidez ao tráfego, além de deixarem o trecho da avenida sentido bairro-Centro, próximo ao Habbib's, em mão dupla por, aproximadamente, 5 horas.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi acionada para o local, mas não apagou o fogo porque os moradores não permitiram. No entanto, permaneceram no local acompanhando a manifestação, juntamente com os policiais militares da 9ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
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