sexta-feira, 17 de maio de 2019

Alternativas Econômicas 1

O Brasil passa por difícil situação econômica, baixa produção industrial, elevada taxa de desemprego, 13,4%, taxa de inflação controlada dentro das metas de governo, elevada taxa de juros de mercado e SELIC, diminuta oferta de crédito, elevadíssimo índice de informalidade econômica e, ainda não se tem nenhum sinal que a economia volte a um crescimento satisfatório, tanto que a projeções de crescimento nas hostes de governo e de mercado tem trazido essas projeções para mais baixo, algo em torno de 1,2% a 1,5% para 2019. Esse cenário econômico real afeta as economias dos estados, alguns mais graves, outros menos, à medida que esses estados apresentem ou introduzem o Planejamento Econômico Estratégico que vise suas recuperações econômicas.
Aqui no Amazonas nada é diferente em face desse cenário econômico apresentado, tanto que os economistas-pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia (CEA) entendem que sem planejamento econômico não heverá recuperação econômica estadual, ressaltando que o governo estadual não possue nenhum estudo técnico econômico sobre os Municipios que compõem as nove sub-regiões amazonenses, mapeando cada um dos municípios da sub-região, compondo as possíveis variáveis econômicas, sociais, culturais, ambientais e identificando os potenciais recursos naturais passiveis de aplicabilidade da racionalidade econômica produtiva.
No Amazonas se tem dito que possui imenso estoque de recursos naturais como potenciais econômicos, contudo, diversos deles não serão possíveis de aproveitamento econômico em atividades econômicas produtivas, assim como, outros possuem diversas aplicabilidades e são possíveis de formatação de suas cadeias produtivas e cadeias de valor. Como defendem o pessoal do CEA, as estratégias aplicadas no Planejamento Econômico Estratégico é aplicativo a ser implementado na economia real e não acadêmico, o que leva às condições técnicas para que os profissionais envolvidos possam levantar e conhecer as cadeias específicas de cada um desses recursos com aplicabilidade econômica produtiva.
Por isso que os caminhos para o desenvolvimento econômico regional, além dos conhecimentos científicos e tecnológicos, como instrumento desse Planejamento é o indicador do norte para a gestão e a governança na elaboração e implementação dos programas e projetos direcionados aos processos e às çãoes de desenvolvimemnto. Como economista, quando se pensa em desenvolvimento de determinada região, deve-se ter em mente o conceito de desenvolvimento regional, pois esse complexo tema embasa-se na industrialização de específica matéria prima, insumo ou outro recurso natural, como o meio para atingi-lo, através de relações em cadeia, visando impulsionar as principais atividades econômicas daquela região em formento pesquisada.
Compreendendo que cadeias produtivas são estruturas econômicas entrelaçadas que se apresentam como propulsoras do desenvolvimento econômico regional, e entendem-se assim, que cadeia produtiva é o conjunto de operações de transformação em um produto que podem ser separadas ou agrupadas entre si ou em suas distintas etapas. Tendo como determinantes econômicas, o conjunto de relações financeiras, comerciais, os fluxos de trocas entre as várias etapas de transformação que acontecem para traz e para frente ou entre fornecedores e demandantes dos bens produzidos. Tanto assim que a cadeia pode ser dividida em três segmentos ou etapas: produção (ou extração não predatória) de matérias primas, insumos, a industrialização e a distribuição. Se entende, economicamente, que os esses segmentos da cadeia produtiva sejam capazes de fomentar a economia de uma região em seus setores econômicos básicos: primário (agricultura, pecuária, etc.), secundário (indústria) e terciário (comércio, transportes, etc.).
Também, se entende que cadeias produtivas geram externalidades que podem ser positivas ou negativas.  As externalidades também são chamadas de Economias Externas se caracterizam quando a produção ou o consumo de algum bem ou serviço, gera efeitos positivos ou negativos sobre outros agentes econômicos, não refletindo necessariamente em seus preços. Como externalidades positivas entende-se o emprego, a renda, a infraestrutura, dentre outras. As externalidades negativas compreende-se as aglomerações industriais não convergentes, o crescimento urbano desordenado, a poluição industrial e urbana, o complexo do trânsito urbano, e outras. Entretanto, essas estruturas  em cadeias, por si só não trarão o desenvolvimento econômico da região, uma vez que nem todas as regiões se desenvolvem ao mesmo tempo e de uma mesma maneira.
Por isso que no Planejamento deve-se identificar e especificar as estratégias a serem adotadas em cada caso, para nãon se incorrer em erro de foco, e querer se fazer uma Matriz Econômica, sem antes conhecer essas estruras econômicas para cada produto a ser induzido à produção. É assim que os economistas do CEA defendem que se fazer o desenvolvimento econômico de uma região, é bem complexo e requer variados conhecimentos, senão outros governos já teriam realizado e, entender  que a influência do Governo do Estado desempenha nesse  processo, é o de protagonismo e pode gerar subsídios para que os gestores públicos se posicionem ativa e criticamente auxiliando no processo de promoção e indução do desenvolvimento econômico regional que tanto o Amazonas necessita.
Não se pode mais mudar o passado, mas poderemos construir um futuro promissor.
*Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: nilsonpimentel@uol.com.br

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