domingo, 26 de agosto de 2018

Violência no Amazonas

Show caapiranga 6ddedfd8 1510 49a4 9372 82084c6c60b1A série de protestos em municípios do Amazonas, normalmente conhecidos pela calmaria, apontam para o novo cenário em que o Estado está submetido onde depredações de delegacias, fuga de presos, ataques a presídios, incêndios, pancadarias e linchamentos tornaram-se parte do cotidiano da maioria das populações de moradores dessas localidades. O quadro de violência ganhou novos elementos e transformou o povo em refém das ordens expressas dos grupos de comando nesses locais e do medo.
É grave a situação e os indicadores demonstram que mais preocupante ficará, isso porque não há de fato medidas que tratem a questão na intensidade e seriedade que exigem. As ações governamentais não conseguem dar conta dos problemas acumulados nessa área e as parcerias feitas tendem a não apresentar resultados efetivos e costumam representar mais gastos da verba pública do que boas respostas.
Outros setores que poderiam e deveriam entrar em cena para impedir a consumação da violência como o empresariado e o das instituições se encolheram e acabaram, em alguma medida, contribuindo para que as condições de vida da população do Amazonas fossem agravadas. Os grupos que fazem negócios a partir das drogas e das armas têm neste Estado um campo perfeito para progredir e lucrar. Por outro lado, os  jovens estão sendo lançados a uma  condição de subvida e sem perspectiva, o que é outro crime que se faz contra jovens, adolescentes e suas famílias.
A cada momento uma notícia de casos de violência e morte no Amazonas apresenta o nível de instabilidade em que os amazonenses estão vivendo. Clamar por quem? É preciso que as instituições retomem suas funções e se mobilizem para agir constitucionalmente em defesa da população e no enfrentamento a onda de violência que primeiro tomou conta de Manaus e  explode nas cidades do interior.
Os anúncios de propostas na área da segurança pública ora feitos pelos candidatos ao Governo do Estado são, na maioria, uma repetição que tem numa estratégia de produzir mais violência o ingrediente mais citado. A prevenção é condição ignorada possivelmente porque os candidatos entendem ser impossível prevenir. Setores da população do  Amazonas engrossam o apelo para aumentar o armamento da população e a adoção de políticas autoritárias, restritivas que se forem habilitadas apenas irão produzir mais violência. 

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