A Casa do Rio Tupana oferece projetos sociais com foco empreendedor para jovens e mulheres da comunidade Santa Izabel
Tudo começou com férias despretensiosas na Amazônia e virou um projeto guarda-chuva que engloba empreendedorismo social, educação de jovens e adultos e promessa de empoderamento comunitário. Adicione a tudo isso boas pitadas de admiração pela Amazônia, e temos como resultado a ‘Casa do Rio Tupana’, localizada no município de Careiro Castanho, na comunidade de Santa Izabel, a 102 quilômetros de Manaus.
Em julho de 2009, o paulista Thiago Cavalli Azambuja, formado em artes, veio para Manaus de férias e se hospedou em um hotel de selva às margens do rio Tupana, com o objetivo de experimentar a região e suas belezas naturais.
O impacto foi tão forte, que ele resolveu procurar uma casa que pudesse ser comprada ou reformada. “Comecei a pensar: se você encontra um lugar que se sente tão bem assim, porque não viver nesse lugar? Então, encontrei uma casinha abandonada e em novembro do mesmo ano, já estava, junto com mais um amigo, morando na comunidade. A residência, batizada de ‘Casa do Rio’, a princípio serviria de moradia para artistas do mundo inteiro que quisessem, assim como eu, experimentar a Amazônia”, relembra.
Bolsas exclusivas
Em julho de 2009, o paulista Thiago Cavalli Azambuja, formado em artes, veio para Manaus de férias e se hospedou em um hotel de selva às margens do rio Tupana, com o objetivo de experimentar a região e suas belezas naturais.
O impacto foi tão forte, que ele resolveu procurar uma casa que pudesse ser comprada ou reformada. “Comecei a pensar: se você encontra um lugar que se sente tão bem assim, porque não viver nesse lugar? Então, encontrei uma casinha abandonada e em novembro do mesmo ano, já estava, junto com mais um amigo, morando na comunidade. A residência, batizada de ‘Casa do Rio’, a princípio serviria de moradia para artistas do mundo inteiro que quisessem, assim como eu, experimentar a Amazônia”, relembra.
Bolsas exclusivas
Mas simplesmente viver na região não foi o suficiente. Aos poucos, Thiago e outros artistas que viviam na casa sentiram a necessidade de desenvolver projetos com as pessoas da comunidade. Dessa vontade nasceram diversas iniciativas. Entre elas, o projeto Teçume. Hoje, sete artesãs da comunidade produzem itens exclusivos como a bolsa do modelo Paricá à base de cipó ambé.
A matéria-prima é retirada da floresta (de forma controlada) e tratada por elas mesmas. Com franjas e trançados - aprendidos com a designer Luly Vianna, dona da marca de design sustentável Saissu -, as bolsas começam a fazer sucesso em todo o País.
O trabalho de comunicação feito pela Casa do Rio Tupana - agora institucionalizada - que trabalha com parcerias diversas, como a da Brazil Foundation, possibilitou uma campanha de divulgação bem sucedida que conta com apoiadoras como a atriz Mariana Ximenes, a diretora de estilo da revista Vogue, Donata Meirelles e as assessoras de imprensa de moda Tania Otranto e Letícia Veloso.
Até o momento 24 bolsas foram adquiridas por R$ 500, cada. O valor é inicial e serve de base para o processo de alfabetização das próprias artesãs e para o pagamento da mão de obra delas. “Essas primeiras vendas fazem parte da campanha de marketing e que servirá para que possamos alfabetizá-las e pagá-las. Assim que as vendas oficiais iniciarem, o valor deve diminuir, mas ainda custeará o trabalho artesanal”, conta ele.
Novos empreendedores
Segundo Thiago, esse é apenas um dos projetos. Ainda há outros como o ‘Tupigá’, que alfabetizou em torno de 30 jovens comunitários e pretende acompanhar a educação deles até a universidade. “Damos aulas de ‘tudo’. Trazemos pessoas de fora, fazemos oficinas. O que queremos, é que tanto os jovens quanto as mulheres tenham, no futuro, autonomia para tocar os próprios negócios e vidas. Não queremos fazer projetos sociais e torná-los dependentes. Posso dizer que o que estamos tentando fazer é formar um centro de saberes no meio da floresta que crie valores empreendedores nessas pessoas. Que elas possam valorizar o que é local e tenham as ferramentas necessárias para gerar renda para si. É um caminho longo”, avalia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário