quarta-feira, 4 de março de 2015

Defesa Civil do Amazonas socorre os estados do Acre e Roraima


    Às 10h desta terça-feira (3), foi mandada a primeira remessa, de duas toneladas e meia de utensílios diversos
    Às 10h desta terça-feira (3), foi mandada a primeira remessa, de duas toneladas e meia de utensílios diversos (Divulgação)
    Rio Branco (AC) está no fundo. Diante do estado de calamidade pública em que se encontra a capital acreana, o Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, decidiu socorrer o Estado vizinho.
    Às 10h desta terça-feira (3), foi mandada a primeira remessa, de duas toneladas e meia em material de higiene pessoal, cobertores, kit de primeiros socorros e outros utensílios de uso imediato como colchão, filtro de água, medicamentos, soro antiofídico, rede e mosqueteiro.
    Há a previsão de serem liberadas, nas próximas semanas, mais duas toneladas e meia. Rio Branco registra a maior cheia em 132 anos, com mais de 71 mil pessoas desalojadas e uma morte. 40 bairros estão no fundo.
    O Acre não conta com estrutura de Defesa Civil igual a do Amazonas, dependendo apenas do socorro do Corpo de Bombeiros, além de ter limitações quanto à liberação de verbas para casos de utilidade pública. Calamidade pública é o mais alto grau de fenômeno natural.
    No Amazonas, Boca do Acre (a 1.038 quilômetros de Manaus) acaba de entrar em estado de emergência, aumentando para sete o número de cidades nessa situação. As demais são Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé e Envira, na calha do Juruá, e Canutama, no Purus.
    Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Atalaia do Norte, Benjamin Constant (Alto Solimões) e Humaitá (Madeira), continuam em alerta.
    Boca do Acre, que já tem mais de mil famílias afetadas, recebe a influência dos rios Purus e Acre. Além de 27 mil cestas básicas, enviadas via fluvial, com previsão de chegada ainda esta semana, as famílias receberão colchões, medicamentos e barracas de emergência para garantir abrigo a quem não tem para onde ir.
    O prefeito de Humaitá, José Cidenei Lobo, decretou estado de emergência no município. Entretanto, o Cel. Roberto Rocha informou que o município ainda não atingiu os níveis exigidos para tal.
    “O Estado só entra com a ajuda quando a Defesa Civil informa que não há mais capacidade de resposta. Estamos monitorando todas as situações e nenhuma região ficará sem ajuda, mas na hora devida”, avisa o secretário.
    Sem medo de críticas
    De acordo com o secretário da Defesa Civil do Amazonas, Cel. Roberto Rocha, a ajuda aos estados do Acre e de Roraima não compromete o trabalho de atendimento aos municípios amazonenses.
    Este ano, o órgão ganhou o apoio do Corpo de Bombeiros Militares do Amazonas, que passou a ser comandado por Rocha. Indagado sobre a possibilidade de haver críticas em virtude da ajuda a outros estados, ele garantiu que não faltarão recursos para as famílias amazonenses, visto que o Governo do Estado, até agora, já liberou R$ 30 milhões para serem aplicados nas ações contra os efeitos da enchente.
    Até o momento, já foram distribuídas 105 toneladas de alimentos não perecíveis, somente para os sete municípios amazonenses que decretaram estado de emergência. As últimas remessas foram enviadas, de Manaus para Boca do Acre e Canutama, via fluvial e aérea.

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